Na quinta-feira, 16, o presidente a Comissão Episcopal Pastoral, para o Serviço da Caridade, Justiça e Paz, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), reuniu deputados e lideranças de movimentos e pastorais da Igreja, para um diálogo sobre a Reforma da Previdência.
O evento chamado “Café com Deputados”, teve como tema: “Queremos uma reforma da previdência Social e inclusiva”. Segundo o presidente da Comissão, Dom Guilherme Werlang, a voz que tem mais autoridade para opinar nesta questão é o próprio povo. “Precisamos de uma reforma inclusiva, que não seja para excluir, mas para melhorar nossos direitos e não diminuí-los. Por isso, é necessário que o povo se manifeste. É importante que os líderes da área política ou do judiciário sempre vejam que a autoridade maior é o povo. E quem está em governo tenha noção de que é um servidor do povo”, falou o bispo.
NA IGREJA DO PARANÁ:
Também no Paraná, a Arquidiocese de Londrina, por meio de seu Administrador Apostólico dom Manoel João Francisco, posicionando-se contra a Reforma da Previdência. A nota é publicada no sítio do Conselho Episcopal Regional Sul II da CNBB, 15-03-2017.
Eis a nota.
“Concede-me a vida, eis o meu pedido; salva meu povo, eis o meu desejo” (Ester 7, 3b)
Inspirada pelos princípios evangélicos e pelos direitos humanos fundamentais, a Arquidiocese de Londrina manifesta apoio e solidariedade a toda e qualquer iniciativa que se oponha a esta proposta de reforma da Previdência.
Interpelada com a constante ameaça de perdas de direitos já conquistados com o sacrifício de tantas vidas de trabalhadoras e trabalhadores, posicionamo-nos contra as propostas do Governo enviadas ao Congresso, entre as quais: a mudança de idade mínima para aposentadoria aos 65 anos para homens e mulheres, a extinção da aposentadoria especial para professoras e professores da educação básica, para trabalhadoras e trabalhadores rurais.
O Governo propõe ainda mudanças que dificultam e restringem o acesso à aposentadoria de milhões de trabalhadoras e trabalhadores, por exemplo: para se aposentar com 100% do piso salarial, o trabalhador deverá contribuir com o INSS por 49 anos ininterruptos.
Os países que já fizeram a sua reforma do Sistema Previdenciário não foram tão injustos quanto quer se tornar o Brasil, pois essa proposta apresentada ao Congresso privilegia uma minoria, isto é, os que hoje usufruem de melhores condições de vida, em detrimento dos anseios da maioria dos trabalhadores e trabalhadoras que constroem a riqueza deste país.
Por isso, comprometemo-nos com toda e qualquer iniciativa da classe trabalhadora e suas organizações que venham questionar e exigir o respeito aos direitos já conquistados e digam não a qualquer ameaça de uma suposta reforma que venha anular os direitos já adquiridos.
Dom Manoel João Francisco
Administrador Apostólico
Fonte: CNBB e Instituto Humanitas Unisinos
Postagem: Pe. Marcelo S. de Lara
Assessor da Pascom