Setembro é o mês da Bíblia: Palavra de Deus. Para qualquer cristão minimamente consciente de sua fé, a Palavra de Deus é familiar. Está cada dia, ou ao menos cada semana, em contato com ela. Alguns ouvem, leem e refletem um pequeno texto; outros tem o louvável costume de tomar as leituras ou o Evangelho do dia para uma reflexão mais profunda. Dessa forma, a Palavra se faz luz para a caminhada na estrada da vida.
Bom é ter certa formação bíblica e, quem sabe, até procurar cursos de aprofundamento. Existem pessoas que passam a vida toda estudando a Bíblia, sobre os mais diversos aspectos. Porém, não devemos esquecer jamais que, antes de tudo, ao lidar com a Bíblia estamos em contato com o próprio Deus. Isto há de nos impregnar de um grande respeito e acolhida. Seu conteúdo, sua mensagem é a Palavra de Deus. Não são “palavras de Deus” como se Deus pronunciasse palavras, conforme o momento. Ele diz a Sua Palavra que não passa. Aliás, a Palavra é Jesus Cristo, o Verbo Encarnado. Mesmo o Antigo Testamento, em seus mais diversos livros e gêneros literários, sempre aponta para o mistério de Jesus, a Palavra.
A Igreja convida seus filhos e filhas para que renovem sua disposição em acolher em terra boa a semente da Palavra; e, para isto, o mês da Bíblia é um tempo favorável. Procure-se despertar e promover entre os fiéis o conhecimento e o amor aos Livros Santos, motivando-os para sua leitura cotidiana, atenta e piedosa. Que nenhuma comunidade fique sem celebrações nas quais chame a atenção dos membros sobre o gesto de amor do Pai que quer falar a seus filhos. Tudo há de culminar no dia Nacional da Bíblia que neste ano será no dia 23 de setembro.
Ao proclamar a Palavra de Deus nas celebrações litúrgicas, o leitor diz “Palavra do Senhor”, e os fiéis respondem “Graças a Deus”; o sacerdote ou o diácono ao acabar de proclamar o Evangelho, diz “Palavra da Salvação”. É a assembleia que em uníssono responde às propostas dos leitores por três razões, pelas quais estas aclamações fazem parte da Liturgia da Palavra: a) porque exprimem a fé da assembleia reunida, na origem divina (Palavra do Senhor) e salvadora (Palavra da Salvação) das leituras proclamadas pelos leitores; b) porque animam a ação litúrgica que está a ser celebrada, tornando-a mais viva e festiva, sobretudo quando tais aclamações são cantadas; c) porque estimulam a participação ativa da comunidade reunida, ao levá-la a responder ao Senhor, que lhe veio falar, com palavras de imensa gratidão e louvor nascidas da fé (Graças a Deus ou Glória a Vós Senhor).
Que nossas respostas nas celebrações litúrgicas sejam verdadeiras e sinceras. Façamos esforço para dar graças a Deus que sempre de novo nos fala, e que a nossa vida seja sempre glória e louvor a Cristo, a nossa Salvação.
O clero de nossa diocese terá uma graça especial no mês de setembro: a semana teológica. São três dias de estudo intenso, que desta vez contempla o último livro bíblico, o Apocalipse. Pretende-se aproximar dele para conhecê-lo melhor, para compreendê-lo melhor e, para assimilar melhor a sua mensagem. Sabe-se que a mensagem deste livre é sempre atual, mas em nossos dias e em nosso país, esta mensagem é atualíssima. Que o nosso clero possa aproveitar deste evento e, depois partilhar a experiência com os fiéis de suas paróquias e comunidades.
Bom mês da Bíblia a todos. E que Deus derrame suas bênçãos sobre todas as iniciativas que têm por base a Palavra de Deus.
Pe. Mário Fernando Glaab
Administrador Diocesano