Na noite de 12 de novembro, no auditório da Unespar, em União da Vitória, uma Sessão Solene da Academia de Letras Vale do Iguaçu – Alvi, deu posse e diplomou cinco novos membros que ocuparam Cadeiras na Academia.

Sob a presidência do senhor Roberto Domit de Oliveira e condução do senhor Aluízio Witiuk, a Sessão que se deu às 19h, contou com a presença dos membros da Academia, convidados, familiares dos novos acadêmicos, membros da imprensa, autoridades civis, militares, religiosas, e outros membros da sociedade civil.
Entre os novos acadêmicos que foram diplomados, estava padre Emílio Bortolini Neto, natural da cidade de União da Vitória e que atualmente trabalha como vigário paroquial na paróquia Santa Bárbara, em Bituruna. Junto com ele, receberam a Diplomação: Karim Siebeneicher Brito; Eros José Sanches; Neide Barth Rosenscheg; e Carlos Roberto Rodrigues Silva.
No início da Sessão, padre Emílio foi conduzido até a Mesa da Sessão por sua sua Madrinha e primeira professora, senhora Maria Teresa Edine, a qual lhe vestiu com o Pelerine, espécie de capa que cobre os ombros, usada pelos Confrades e Confreiras da Academia, e depois recebeu de seu pai, senhor Raulino Bortolini, também membro da Academia e ex-presidente da Alvi, o Diploma de Acadêmico e o Botton.
Padre Emílio assume a Cadeira de número 9 na Academia, Cadeira que tem como patrono o Padre Francisco Salache (1915-1994), sacerdote natural de Prudentópolis – PR, compositor do Hino do Município de Teixeira Soares – PR, do qual padre Emílio lembrou que sempre o elogiavam como um grande erudito, mas que entre as pessoas simples sabia falar com simplicidade.
O primeiro ocupante da Cadeira número 9 foi Dom Walter Michael Ebejer, primeiro bispo da Diocese de União da Vitoria, falecido em junho de 2021. Foi ele quem concedeu ao padre Emílio o Sacramento da Crisma e o ordenou Diácono e depois Sacerdote em 1998. Padre Emílio completa, em dezembro, 48 anos de idade e 24 anos de sacerdócio.

Dirigindo palavras aos presentes na Sessão, Padre Emílio, como sempre faz em suas palestras e obras escritas, teceu comparações, falando a respeito do número da Cadeira a qual ocupa agora como Acadêmico da ALVI. “Até o número da Cadeira me alegra, porque são nove os frutos do Espírito Santo, segundo a Carta aos Gálatas no Capítulo 5; são nove os meses de gestação de um ser humano; o nove é o último dos algarismos originais, sendo os outros apenas repetições, e por isso simboliza a plenitude. E ela me coloca entre a cadeira número oito, que é da Professora Fahena Porto Horbatiuk, que além de ter sido minha professora, sugeriu meu nome para a Academia, e a Cadeira número dez que é do meu Pai. Quero mencionar aqui também minha mãe, pois foi da união de meu pai e minha mãe que sou o que sou e que recebi esse talento para escrever, assim como de outros antepassados meus”, discursou o novo Acadêmico.
Áudio do Padre Emílio em seu discurso

Falando ainda do seu gosto pela área da Etimologia das Palavras, que o leva a descobrir o real sentido dos vocábulos, o padre falou do valor do Escritor para as pessoas e para a humanidade. “Foi a escrita que marcou o início de um novo tempo. Como nem todos tem essa facilidade, os escritores servem como embaixadores, dando voz a sentimentos e pensamentos que as pessoas trazem dentro de si. Escrever é tão encantador que nem Deus resistiu, escrevendo o maior Best Seller da humanidade, a Bíblia Sagrada. Ele Quem escreveu a grande obra da criação. E como diziam teólogos medievais – Cada criatura é uma palavra escrita por Deus. – Por isso, é uma grande honra ter recebido esse dom que não está à serviço nosso, mas do outro”, comentou o Acadêmico.
Encerrando sua fala, o padre lembrou da importância de todos pedirem e agradecerem a Deus pelo Dom recebido na criação, divulgação e promoção da arte e da cultura. “Que o bom Deus que concedeu a nós Acadêmicos esse dom tão belo, nos inspire a estarmos em sintonia com Ele para que nossos escritos deixem marcas de luz no caminho das trevas da humanidade; marcas de beleza na rotina estressante do cotidiano; e marcas de vida em meio a tantas situações de morte; da vida que Dele recebemos e um dia gozaremos em plenitude. Que Deus abençoe a todos – Amém”, concluiu padre Emílio.
Ao final da Sessão, o padre que também é músico e compositor, tocando gaita de boca e violão, cantou ainda uma canção composta por ele que tem como tema – Escrever – algo que deixa marcas.

A Alvi foi fundada em 30 de maio de 2000, e dispõe de 40 cadeiras aos membros. A Diocese de União da Vitória se alegra por ter tido seu primeiro bispo como um dos Membros da Academia e ainda atualmente contar com leigos, diácono e agora um padre, colaborando com a promoção, divulgação e construção da arte e da cultura local e regional.

Texto: Marcelo S. de Lara
Setor de Comunicação da Diocese.
REVEJA A SESSÃO, ABAIXO NO VÍDEO.
Parabéns ao Padre Emílio Bottolini. Só para constar de que Eu Humberto e meu irmão Homero fomos coroinhas nesta Igreja, logo após a sua inauguração.
Parabéns Padre e Sucesso..!!