No mês de julho de 2025, a Diocese de União da Vitória convida os fiéis a uma especial reflexão sobre o dízimo. Do amor por Cristo na Eucaristia brota a consciência de pertença a Deus, à Igreja e à corresponsabilidade na missão.
“O dízimo é uma contribuição sistemática e periódica dos fiéis, por meio da qual cada comunidade assume, corresponsavelmente, sua sustentação e a da Igreja. Ele pressupõe pessoas evangelizadas e comprometidas com a evangelização.”
(CNBB, Doc. 106, n. 6)
O dízimo, devolvido com amor, nos torna mais generosos e isso agrada a Deus. Ele nos ensina a desapegar dos bens materiais e a vencer o egoísmo. Esse gesto é um sinal concreto de amor. Quando expressa a bondade do coração do fiel, o dízimo contribui diretamente para a sua salvação.
Gesto de gratidão e corresponsabilidade
O dízimo é uma resposta de gratidão pelos inúmeros benefícios recebidos de Deus. Ele nasce de um coração sensível e amoroso. É, portanto, um ato de fé, de amor e de compromisso com a evangelização, que também possui uma dimensão econômica.
Muitos se questionam sobre os 10% tradicionalmente associados ao dízimo. Mas a pergunta mais importante é: qual a medida da sua gratidão? A verdadeira gratidão não se mede. Cada pessoa é chamada a refletir sinceramente sobre o quanto deseja devolver. Deus não se agrada de gestos forçados nem de atitudes mesquinhas.
Biblicamente, os fiéis judeus ofereciam dez por cento para a manutenção do templo e dos sacerdotes. No entanto, o dízimo vai além da matemática — trata-se de generosidade:
“Dê cada um conforme o impulso do seu coração, sem tristeza nem constrangimento. Deus ama quem dá com alegria.”
(cf. 2Cor 9,7)
O importante é que o dizimista se sinta livre e comprometido, contribuindo fielmente a cada mês.
“Quem é generoso progride na vida.” (Prv 11,25)
Texto e Foto: Pe. João Ari
Pároco Par. N. Srª das Graças e S. José