Neste tempo marcado pelas tribulações que afligem a humanidade bem como os desafios causa dos pela mudança de época, o caminho missionário da Igreja continua, impulsionado pela força do Espírito Santo protagonista da missão, e instruído pela palavra de Deus, fonte de esperança para nós e luz que ilumina a caminhada de Igreja Missionária.
O Senhor nos pergunta: “Quem enviarei?”. Este chamado provém do coração de Deus, da sua misericórdia, que interpela quer a Igreja, quer a humanidade diante dos desafios que atingem o mundo. Assim como os discípulos no Evangelho, o Senhor nos convoca “Vem e segue-me” e nos envia “Ide por todo mundo e pregai o evangelho”. Somos todos chamados a remar juntos, em comunhão assumindo nosso protagonismo com ousadia e docilidade ao espírito de Deus que impulsiona para a missão.
Neste contexto, o chamado para missão, o convite a sair de si mesmo por amor a Deus e ao próximo aparece como oportunidade de partilha, serviço, Esperança. A missão que Deus confia a cada um de nós faz passar do “eu” medroso e fechado ao “eu” otimista, corajoso, esperançoso. O Senhor espera de cada um a disponibilidade pessoal para ser enviado, porque ele mesmo está em perene movimento de missão, sempre está em saída de si mesmo para dar vida em abundância a todos.
A compreensão daquilo que Deus está a nos dizer nestes tempos torna-se um desafio também para a missão da Igreja. Desafia-nos a doença, a tribulação, o medo, a falta de sentido da própria existência. Interpela-nos a pobreza de quem perde o emprego e o salário, muitas vezes não tendo teto e nem comida, vivendo as margens de uma sociedade tomada pela desigualdade social.
Neste contexto, nos é dirigida novamente a pergunta do Senhor: “Quem enviarei?” ele espera de nós, uma resposta generosa e convicta: “Eis-me aqui, envia-me”.
Dom Walter Jorge, Bispo da Diocese de União da Vitória, nos lembra que: “A Igreja é por natureza missionária. A Igreja nasceu do mandato missionário de Jesus “Ide por todo mundo e anunciai o evangelho a toda criatura”. Sendo assim, é oficio da Igreja, é a vida para a Igreja anunciar, ser missionária, não ficar fechada em si mesma, não se contentar em viver apenas para os membros que ela possui. O anúncio do evangelho não é algo estático, formal, mas é um acontecimento, o anúncio “kerigmático”, ou seja, aquele núcleo da fé, a boa nova de que Deus enviou ao mundo seu filho para nos anunciar o seu amor incondicional. É um anúncio cativante onde a experiencia do missionário é fundamental, experiencia de que Cristo vive com ele, fala por meio dele, permanece ao seu lado sempre.”
Portanto, em comunhão com nosso Bispo Diocesano Dom Walter Jorge e em sintonia com o Plano Diocesano de Pastoral de nossa Diocese, somos todos chamados a abraçar juntos a missão como necessidade em toda ação pastoral em nossa Diocese, pois a missão acontece através da comunhão entre nós, do caminhar juntos.
Na Diocese de União da Vitória teremos no decorrer de 2025 diversas atividades missionárias com a finalidade de contribuir para a que a consciência missionária seja despertada de uma forma mais ampla dentro das pastorais e movimentos de nossa Diocese fazendo assim com que a Igreja Diocesana se torne cada vez mais uma Igreja em saída missionária.
Escrito por: Pe. Emerson G. de Toledo
Assessor do Conselho Missionário Diocesano