Paróquia São Joaquim e Senhora Sant’Ana

SETOR
Rio Azul

Fundação:
28/02/1978

Secretária:
Andressa Bosing

Expediente:
Segunda a sexta-feira: 8h às 11h e 13h às 17h
Sábado: 8h às 11h

Dia do Padroeiro:
26 de julho

TELEFONE
(42) 3543 1110

E-mail:
par.santana@dioceseunivitoria.org.br

Endereço:
Rua Alexandre Popia, 69
Caixa Postal 43
84635-000 – PAULO FRONTIN – PR

Missas:
Quarta-feira: 19h
Sábado: 19h
Domingo: 9h
Primeira sexta-feira do mês às 15h Missa e Adoração do Apostolado da Oração e às 19h Missa Alto Paraíso
Primeira quarta-feira do mês Missa na Capela do Hospital às 19h

Pe. Alcione - Red

Pároco: Pe. Alcione Zanin

SACRAMENTOS

Curso para noivos: abril e agosto

Curso de Pais e Padrinhos, batizados, Primeira Eucaristia e Crismas: Consulte a paróquia.

Histórico

Em meados da década de 70, a comunidade de Paulo Frontin vivia numa espécie de abandono. O município sofria com a falta de união entre as comunidades. Isto prova o quanto a Igreja a ajuda a aglutinar e unir os povos. A sede municipal de Paulo Frontin era capela da Paróquia São Pedro, de Mallet, enquanto que as outras comunidades pertenciam à Paróquia de Rio Claro do Sul.

Com a criação e instalação da Diocese de União da Vitória, uma esperança muito grande se apoderou das lideranças frontinenses, que imediatamente procuraram o sr. Bispo Diocesano, expondo o anseio e angústia da população. Para alegria de todos, a mesma preocupação era sentida pelo Bispo D. Walter, que prometeu não medir esforços para solucionar o problema. E a promessa foi cumprida no dia 4 de março de 1978, quando foi criada a Paróquia Santana de Paulo Frontin, a primeira criada depois da instalação da Diocese. O decreto de criação da Paróquia foi lido pelo Pe. Geraldo Pilich, Vigário de Mallet. Pe. Geraldo era muito bem quisto pela população da cidade, pois todos reconheciam o esforço e a dedicação daquele saudoso sacerdote. O território da Paróquia abrangia, além do município de Paulo Frontin, as capelas Nossa Senhora da Piedade e Santo Antônio, na Serra da Esperança, município de União da Vitória (hoje pertencentes à Paróquia de São Sebastião Mártir) e as comunidades de Rio das Antas e Bela Vista, município de Paula Freitas (que passaram à Paróquia São Carlos Borromeu, quando de sua criação).Dentre os muitos convidados estava o Pe.Floro Vodonós, do rito Ucraniano, que leu o decreto de nomeação do primeiro vigário, o Pe. José Chipanski.

Pe. José Chipanski foi uma grande bênção para a Paróquia recém-criada, porque começou a surgir uma integração entre as comunidades, graças ao trabalho extraordinário do jovem e dedicado Vigário, que, com seu jeito humilde, devoto e apaziguador, conquistou a todos, e fez diminuir consideravelmente uma certa animosidade que existia entre os Ritos Latino e Ucraniano. Com sua paciência, alegria e grande carisma, atendia a todos, fazia visitas, falava em polonês e ucraniano (tem ascendência de ambos), conquistando as “babuskas” (vovós), os jovens e as crianças. Iniciou uma ampla catequese, com encontros de casais, de jovens, cursos de formação, dando oportunidade aos leigos e utilizando e aproveitando as lideranças. Aproveitou todas as oportunidades para fazer o povo entender a harmonia que deve haver entre o progresso espiritual e o material. Muitas vezes, durante as celebrações, cedia a palavra aos técnicos da EMATER, para que, em alguns minutos, deixassem a população ciente dos encontros dos dias de campo, e da necessidade de evoluir no modo de trabalho, para produzir mais e melhor. E isso tudo em apenas um ano! D. Walter precisou enviá-lo a Roma, para fazer um Mestrado em Direito Canônico.

Paulo Frontin, porém, deve ter caído nas graças de nosso Bispo, que não nos deixou órfãos, mas nos presenteou com a nomeação de outra pessoa extraordinária, Pe. José Levi Godoy, nomeado Vigário da Paróquia Santana em 7 de março de 1979. Apesar de ter um estilo pessoal bem diferente do comedido, organizado e solene Pe. José Chipanski, Pe. Levi também conquistou a todos com sua alegria, paciência e carisma. Todos receberam sua visita, e era sempre convidado para almoçar e jantar com as famílias. Se andasse a pé pela cidade, era parado a todo instante, cumprimentando a todos, idosos, crianças, jovens, sempre ansiosos por ouvir suas palavras de incentivo, apoio, conforto e alento, em todas as circunstâncias. Sob sua direção, as comunidades continuaram o processo de crescimento na fé e integração. O progresso espiritual e a participação nas Santas Missas eram notórios. Uma obra que serviu para testar a lendária paciência de Pe. Levi foi a construção do Salão Paroquial. Numa época de “vacas magras” em que o Dízimo ainda não estava implantado, isso não era nada fácil. Mas seu esforço e dedicação não deixaram de produzir frutos também na esfera material. Nesse período, nosso país recebeu, pela primeira vez, a visita de um papa, o inesquecível João Paulo II. Nosso querido Vigário foi acompanhado por muitos paroquianos naquela inesquecível visita a Curitiba.

Com a ampliação da Diocese, que passou a abranger também os municípios de General Carneiro e Bituruna, Pe. Levi, sob uma chuva de lágrimas, foi transferido para este último, na Paróquia Santa Bárbara, no dia 3 de março de 1984. Passou-se então alguns meses com um atendimento não muito satisfatório, até 22 de julho. Durante esse semestre, o bispo Dom Walter assumiu a nossa paróquia, visitando a Matriz e duas capelas aos sábados, celebrando as Missas, atendendo às confissões do povo e administrando os batismos. O mesmo fazia no município de Porto Vitória aos domingos, quando foi nomeado Administrador Paroquial o Pe. Antônio Kolodzieiski. Como ele ainda estava concluindo seus estudos em Ponta Grosa, só ficava na cidade nos finais de semana. Seu primeiro passo foi reunir as lideranças e o povo em geral para organizar os trabalhos e integrar-se das atividades e movimentos paroquiais. O período que Pe. Antônio ficou conosco foi de intenso trabalho. A falta de padres obrigava-o a ajudar também em outras paróquias, mas seu trabalho com encontros de formação de leigos fez crescer o número de lideranças. Foi muito importante e benéfica sua participação na fundação do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, em 22 de janeiro de 1986. Até então só existia o Sindicato Patronal. Nos meses de julho e agosto de 1986, Pe. Antônio foi fazer uma experiência missionária na diocese de Coroatá, no Maranhão. Durante esse período, a paróquia foi atendida pelo saudoso capuchinho Frei Celestino Dotti. No ano seguinte (1987), Pe. Antônio voltou ao Maranhão, e a comunidade foi atendida pela Paróquia São Pedro, de Mallet. No dia 20 de agosto de 1988, Pe. Antônio celebrou sua última Missa conosco, repleta de lágrimas, abraços e homenagens, mas acima de tudo, de gratidão, por seu trabalho e dedicação.

Seu sucessor foi o Pe. Stanislau Gogulski, polonês da Sociedade de Cristo, que tomou posse como Pároco no dia 24 de agosto de 1988. Pessoa muito simples e fervorosa, mas com certa dificuldade para falar nossa língua e manter o ritmo deixado por seus antecessores. Seu sucessor foi o também polonês, Pe. Kazimierz, da mesma Congregação. Sua humildade e fervor na oração lembrava-nos São João Maria Vianney, o Santo Cura d’Ars (além de lembrar são Pedro como exímio pescador…). Em relação ao desenvolvimento da Paróquia, porém, foi sentido certo declínio. Talvez pelo fato de uma parte do povo não entender a grande espiritualidade e simplicidade do Pe. Kazimierz, que permaneceu conosco até o final de dezembro de 1991.

No dia 5 de janeiro de 1992, recebemos nosso novo Pároco, Pe. Osmar A. Schroh, jovem, dinâmico, de caráter forte e decidido. Encontrou a Paróquia um tanto quanto desanimada, parada, e começou seu trabalho fazendo reuniões, organizando a liturgia, o calendário, etc, discutindo os problemas e as soluções com a comunidade. Encontrou a colaboração necessária e pode ver a Paróquia sair do ostracismo e voltar a caminhar. Reativou a Pastoral da Criança, que estava capengando. Começou a Pastoral da Juventude, fazendo um belíssimo trabalho junto aos jovens, com o surgimento de inúmeros grupos, e acabou chegando à Coordenação Diocesana da PJ. Implantou o Dízimo. Com dificuldade, mas também com muita tenacidade, começou a fazer as reuniões do C.P.P.. Organizou e fez funcionar as Diretorias Comunitárias. Participou também da formação do Conselho de Desenvolvimento Comunitário de Paulo Frontin. Participou ativamente do Conselho Social de Paulo Frontin. Convidou os Missionários Saletinos para pregarem as Santas Missões, que trouxeram grande desenvolvimento espiritual e serviram para firmar e criar novos Grupos de Reflexão Permanentes. Construiu a nova Casa Paroquial, sonho acalentado pela comunidade há muitos anos. Enfim, Pe. Osmar foi dinâmico, lutador, criador de consciência crítica, corajoso, amado pela maioria da população, embora detestado por aqueles que não aceitavam suas críticas, pois dizia o que pensava e sempre defendia com veemência os oprimidos e injustiçados. Ele permaneceu na paróquia por 6 anos e meio.

Com a transferência do Pe. Osmar, foi nomeado Administrador Paroquial o Pe. Celso Martinhuk, no dia 30 de agosto de 1998. Embora tenha se criado em Rio Azul, Pe. Celso nasceu em nosso município, mas os poucos meses que ficou aqui não lhe permitiram grandes realizações. Devido a problemas de saúde, recebeu a ajuda do então diácono Emílio Bortolini Neto, que no dia 10 de janeiro de 1999, duas semanas após sua ordenação sacerdotal, assumiu a Paróquia como Administrador Paroquial. Muito jovem, porém, consciente, organizado, coerente com sua missão, tratou desde o início da organização da Paróquia em todos os setores. Começou devagar, mas com firmeza. Sempre disposto a ouvir e dialogar, conquistou o apoio e a estima também dos padres e fiéis do rito Ucraniano, com quem sempre colabora. Começou a fazer reuniões mensais do CPP, de onde saem todos os planos de trabalho, partindo da realidade do nosso povo e das exigências do Evangelho. Viu-se, assim, com o correr do tempo, tudo ir entrando nos eixos. Todos os anos, Pe. Emílio visita todas as quase 2000 famílias do Município, benzendo as casas e deixando uma mensagem de fé, amor e esperança. Estas visitas, cordiais e amigas, trouxeram de volta muitas pessoas que estavam afastadas da Igreja. Também visita periodicamente as escolas e o colégio, fazendo trabalho vocacional e cativando alunos e professores com seu talento e carisma de guitarrista e “roqueiro”. Chegou até a compor uma música para nós, seus paroquianos, no terceiro CD de sua banda, TRINITATI. Pe. Emílio trabalhou muito para a restauração da histórica e belíssima igreja do Sagrado Coração de JESUS, de Vera Guarani, vendo nela não apenas uma obra material, mas um resgate da memória de um povo e uma oportunidade de unir a comunidade em prol do bem-comum. Grande é seu empenho também na formação das lideranças. Depois de várias tentativas frustradas (pela pouca participação), está fazendo um dia de formação por mês, com as diversas classes de lideranças (catequistas, ministros, dirigentes de GRPs, etc), cada mês numa comunidade diferente, para que todos se conheçam melhor. Além disso, há um grupo seleto com dois encontros de formação por mês, que acompanha o padre nas Missas no interior e na Matriz. Enquanto ele confessa, um leigo dá uma palestra sobre assuntos como Assembléia Diocesana e Paroquial, GRPs, Catecismo da Igreja Católica, Dízimo, Campanha de Natal (na qual teve a coragem profética de denunciar o esquecimento da figura de JESUS, trocado pelo papai Noel, e conseguiu recuperar o sentido cristão desta festa). Foram criadas as Equipes de Coordenação Paroquial de GRPs, Capelinhas, Liturgia e Dízimo (antes, só havia a de Catequese). Em relação aos GRPs, não podemos esquecer que o Pe. Emílio escreveu 4 livros, dos quais 3 foram usados em quase toda a Diocese (num total de mais de 40.000 exemplares!). Em novembro de 2004, os Missionários Saletinos voltaram à nossa Paróquia para pregar as Missões, que além de fortalecer e formar novos GRPs, também deram novo impulso aos Grupos de Jovens (hoje temos 11). Se as Missões ajudaram a formar os Grupos de jovens, sua continuidade se deve ao apoio do Pe. Emílio, que os visita periodicamente, animando, incentivando e esclarecendo sobre a importância dos 4 “ãos”: Oração, Formação, Ação e Diversão. A Liturgia teve uma maior diversificação de equipes e pessoas, envolvendo também os GRPs, Capelinhas e Grupos de Jovens. Muitas pessoas começaram a ler nas Missas e cultos pela primeira vez.  A Catequese também caminha muito bem. Além do trabalho com as crianças e adolescentes, temos também a Catequese de Adultos, Catequese Especial (APAE) e encontros com Casais Amasiados, que, conforme as normas da Igreja, estão regularizando sua situação. Outro trabalho que recebe grande empenho de nosso pároco é o Mutirão Nacional pela Superação da Miséria e da Fome, feito em parceria com a Pastoral da Criança. Com recursos vindos de uma coleta mensal e de ajudas esporádicas, mantemos Cursos de Artesanato, Hortas Comunitárias e incentivos a trabalhos de baixo-custo, como plantação de ervas medicinais, vassouras e outros. O maior objetivo do Mutirão, porém, é a mudança de mentalidade, procurando mostrar que o pobre é capaz de andar com suas próprias pernas, e que é dever de todos não só ajudá-los, mas confiar neles e em sua capacidade de progresso.

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