POR, Dom Walter Jorge – Bispo Diocesano de União da Vitória – PR
Estamos nos aproximando das eleições municipais, onde serão eleitos o prefeito e os vereadores de cada cidade. Como sabemos, cabe aos prefeitos o poder executivo, ou seja, aquele poder de executar as medidas administrativas necessárias ao bem da população de sua cidade, favorecendo a vida de todos, devotando especial atenção no cuidado dos menos favorecidos, por dependerem mais do poder público dos que aqueles que possuem maiores recursos. Cabe também aos prefeitos levar adiante o desenvolvimento de seus municípios, dando sequência, se necessário, aos trabalhos realizados pelos prefeitos anteriores, seja de qual partido forem visando acima de tudo o bem da cidade.
As obras que realizam devem ir a fundo nos problemas que atingem a população em vistas à sua solução permanente, ainda que, num primeiro momento, tais obras não sejam aquelas que mais atraiam votos. Pelo cargo que ocupam, os prefeitos precisam ser verdadeiramente interessados na vida dos seus cidadãos e possuir o testemunho de uma vida coerente, não sendo comprometidos senão com o bem da população, homens ou mulheres fortes, que não se deixem manipular pelos interesses sombrios daqueles que não amam o povo, mas se utilizam dele em benefício próprio. Portanto, é necessário que os prefeitos sejam verdadeiros estadistas e busquem deixar seus nomes na história dos municípios por uma conduta marcada pela ética, pela gestão positiva e a prática da verdadeira política.
Os vereadores, por sua vez, são aqueles ou aquelas que compõem o Poder Legislativo dos municípios, ocupando uma cadeira na Câmara Municipal, os quais são eleitos para legislar, ou seja, criar leis favoráveis aos cidadãos e zelar pelo cumprimento das mesmas. Deverão apresentar projetos de políticas públicas que favoreçam o bem comum, procurando, para isso, conhecer os desafios dos seus municípios. Precisam ser pessoas capazes, interessadas e habilidosas em relação às leis que regem a vida pública e à elaboração de projetos; pessoas que sejam amigas do seu povo e próximas a ele todo o tempo e não apenas na época de pedir votos, presentes sobretudo naquelas situações que requerem conhecimento profundo da realidade e que tenham habilidade para fiscalizar o bom emprego das verbas públicas em favor da vida das pessoas, especialmente dos grupos humanos mais vulneráveis. Deverão legislar para todos e não apenas para alguns, sendo, pois, necessário, tratar-se de pessoas íntegras, de princípios e valores bem arraigados, que não se deixem corromper pelo poder ou por ofertas de vantagens em troca de favores.
Tão grande é a importância dos prefeitos e vereadores para o bem da população que podemos concluir, pelo exposto, o quanto são decisivas as eleições municipais. Por isso, é dever de todos os eleitores e mesmo de todos os cidadãos, empenhar-se para que sejam eleitos os melhores candidatos. Para os cristãos, o envolvimento nas eleições é dever sagrado, uma vez que defender a vida com todos os meios à sua disposição é ponto central do Cristianismo. Cabe ao seguidor e imitador de Jesus Cristo lutar com todos os meios à sua disposição pela vida em abundância para todos e a política, por meio das eleições, é um importante caminho para isso. Os cristãos não podem, sem pecar por omissão, renunciar a participar e dar sua contribuição consciente. Com o Papa Francisco, afirmamos ainda que “a política é uma das formas mais altas de caridade”.
Visando ajudar a todos os cristãos e pessoas de boa vontade a se instruírem melhor para as eleições 2020, a CNBB Regional Sul 2 lançou a Cartilha de Orientações Políticas “O Cristão e as eleições”. Esperamos que a mesma tenha uma grande aceitação em nosso meio e dela faça uso o maior número possível de pessoas, a fim de atingirmos os objetivos desejados para estas eleições, qual seja, ter excelentes políticos guiando os destinos de nossas cidades e exercendo “a boa política a serviço da paz”.
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Postagem: Setor de Comunicação
Diocese de União da Vitória – PR