Reunidos desde segunda-feira, 12, de forma online, mais de 300 bispos de todo o Brasil realizam nesta semana a 58º Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, que vai até na sexta-feira, 16 de abril.
No segundo dia da Assembleia, que foi nessa terça-feira, 13 de abril, a proposta para o Ano Vocacional para o Brasil, no ano de 2023, e o tema da Campanha da Fraternidade do próximo ano, voltado ao valor da educação no ambiente familiar e no sistema educacional brasileiro foram abordados entre os bispos, como destacou Dom Edgar Ertl, bispo da Diocese de Palmas e Francisco Beltrão, no Paraná, e Dom Severin Clasen, arcebispo de Maringá.
“Tivemos assuntos da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé; a 6ª Semana Social Brasileira, com seus vários eventos já realizados e outros programados; também tivemos uma apresentação rica sobre a proposta para o Ano Vocacional para o Brasil, no ano de 2023. Outro assunto de grande importância para as nossas dioceses, foi uma radiografia completa da situação do Colégio Pio Brasileiro, em Roma, onde estudam os padres diocesanos. Ouvimos uma exposição sobre o Fundo Nacional de Solidariedade, que é o gesto concreto da Campanha da Fraternidade. E outro assunto foi a Comissão Comunhão e Partilha, que falou sobre a partilha das dioceses de 1% das receitas para o auxílio da formação filosóficas e teológicas dos futuros sacerdotes às dioceses que não dispõe de recursos a formação”, informou Dom Edgar.
Após lançada a proposta, o Ano Vocacional para 2023 foi aprovada por unanimidade pelos bispos. Na ocasião, serão comemorados os 40 anos do primeiro ano temático dedicado à reflexão, oração e promoção das vocações no país, que se deu em 1983. “Naquela oportunidade, a iniciativa “favoreceu e ampliou o reconhecimento de que toda a comunidade cristã é responsável pela animação, cultivo e formações das vocações”, destacou o bispo de Tubarão (SC) e presidente da Comissão para os Ministérios Ordenados, dom João Francisco Salm. (Saiba mais sobre o assunto AQUI).
Sobre o Fundo Nacional da Solidariedade, arrecado pela Coleta Nacional da Solidariedade durante a Campanha da Fraternidade deste ano, Dom Severino Clasen destacou que o montante arrecadado terá como destino o combate à pobreza. “Nós insistimos que toda a arrecadação dessa Campanha seja destinada aos pobres, não é para manter a estrutura de igreja, de serviços, mas sim para ajudar os pobres, que eles sejam os beneficiados. Por isso, organizamos esse trabalho, para que haja uma expressão da colegialidade, da fraternidade, da solidariedade de todas as dioceses, porque uma parte fica na diocese e outra parte vai para o fundo nacional”, afirmou dom Severino.
Sobre a Campanha da Fraternidade de 2022, Dom Severino ainda enfatizou que a fé está ligada à realidade das pessoas, e a Campanha da Fraternidade com temas como a Educação, visa formar os fiéis e cidadão em uma formação integral. “É preciso repensar todo o sistema educacional no Brasil. Então, a CF 2022 vai nos ajudar a refletir isso, para que nossa conversão seja uma conversão total e não apenas de interesse em salvar a alma e deixar o restante na miséria. A alma está no corpo e o corpo tem que ser salvo junto com a alma. Por isso, vamos refletir sobre educação, que fala sobre a sabedoria, o ensino com amor, como diz o próprio lema “Fala com sabedoria, ensina com amor (Pv 31, 26)”, disse dom Severino.
Ainda no segundo dia de reunião, os bispos elaboraram um Carta, que será endereçada ao Papa Francisco e ao Prefeito da Congregação para os Bispos, sintetizando a realidade eclesial, social, política, econômica e cultural do Brasil; trataram sobre a primeira Assembleia Eclesial da Igreja Latino Americana e Caribenha, e sobre o Congresso Eucarístico Nacional, que está previsto para o próximo ano, na diocese de Olinda e Recife.
Publicação: Setor de Comunicação
Diocese de União da Vitória
Fonte: CNBB Sul 2 – Karina de Carvalho e Jorge Teles