No dia 29 de julho, das 19h30 às 21h, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), por meio de grupo de trabalho especialmente instituído, promoveu a 1ª live sobre o Sínodo 2023 no Brasil. O Papa Francisco anunciou a convocação da XVI Assembleia Geral do Sínodo dos Bispos com o tema: “Por uma Igreja Sinodal: comunhão, participação e missão”.
O foco desta primeira live, foi mobilizar, sobretudo, os representantes das dioceses – Igrejas Locais – espaço onde vai se desenvolver a primeira fase do Sínodo 2023, prevista para ser realizada de outubro de 2021 a março de 2022. As outras duas fases são a Fase Continental, prevista para acontecer de setembro de 2022 a março de 2023, e a fase da Igreja Universal – o Sínodo propriamente dito – a ser realizada em outubro de 2023.
Confira aqui a apresentação em arquivo pdf : Sínodo 2023
O tema da sinodalidade propõe a todo povo de Deus refletir sobre a forma se compreender como Igreja. A participação e o caminhar juntos indicam a compartilhada missão evangelizadora que cada batizado deve assumir. O Papa Francisco tem afirmado que o “caminho da sinodalidade é o caminho que Deus espera da Igreja do Terceiro Milênio”.
O sínodo diz respeito aos bispos, no seu serviço de presidir as Igrejas particulares mas implica os demais sujeitos eclesiais, de modo a valorizar a participação de todo o Povo de Deus, numa dinâmica participativa que promove a corresponsabilidade de todos e valoriza os carismas do povo de Deus.
O Sínodo 2023 tem início no próximo mês de outubro com a abertura em cada diocese, e a primeira fase acontece até março de 2022 com a escuta e a reflexão envolvendo todas as comunidades, paroquias, movimentos e vida consagrada.
A sinodalidade é também uma cultura a ser desenvolvida, com disposição e aprendizado, tocando não só o método pastoral, mas os modos de administrar a Igreja Local e as motivações de inserção na Comunidade. Por meio da participação e responsabilidade compartilhada pela missão da Igreja.
O vídeo abaixo, disponibilizado pela Comissão Nacional de Animação do Sínodo 2023 no Brasil, conta com dois momentos. No primeiro momento, o monsenhor Antônio Luiz Catelan Ferreira, professor da PUC Rio e membro da Comissão Episcopal Pastoral para a Doutrina da Fé da CNBB, apresenta as referências históricas, teológicos e jurídicas sobre a realização do Sínodo dos Bispos na Igreja universal que constam do magistério da Igreja. De acordo com o monsenhor, a realização da Assembleia Geral do Sínodos dos Bispos remonta ao Concílio Vaticano II.
Na segunda parte, o assessor do Setor de Educação da Comissão Episcopal Pastoral de Educação e Cultura da CNBB, padre Júlio César Evangelista Rezende, explica o itinerário metodológico do Sínodo 2023, com foco na fase preparatória diocesana. Estas, conforme apresentação realizada pelo padre, têm como finalidade a consulta ao Povo de Deus sobre o tema da Assembleia do Sínodo.
Na fase nas Igrejas Particulares, conforme orientação da secretaria do Sínodo, os “Bispos, submetem as questões, que devem ser tratadas na Assembleia sinodal, aos Presbíteros, Diáconos e fiéis leigos das suas Igrejas, individualmente ou associados. Sobretudo pode revelar-se fundamental a contribuição dos organismos de participação da Igreja particular, especialmente o Conselho Presbiteral e o Conselho Pastoral, a partir dos quais verdadeiramente pode começar a tomar forma uma Igreja sinodal”.
A ideia de “colegialidade” por exemplo, segundo Catelan, é um dos temas aprofundados na Lumen Gentium, um dos documentos do Vaticano II. O professor apontou como caminhos para aprofundamento sobre o que é o Sínodo o Discurso do papa na ocasião em que o sínodos completaram 50 anos, de 17 de outubro de 2015. Outro documento importante, citado por Catelan, é o que foi produzido pela Comissão Teológica Internacional, grupo de estudo sobre a sinodalidade na vida e na missão da Igreja do qual fez parte.
Esta primeira fase tem os seguintes desdobramentos:
• § 1. A consulta do Povo de Deus realiza-se nas Igrejas particulares por meio das Conferências Episcopais.
• Em cada uma das Igrejas particulares, os Bispos realizam a consulta do Povo de Deus servindo-se dos Organismos de participação previstos pelo Direito, sem excluir qualquer outra modalidade que aqueles julguem oportuna. Ainda está previsto o envio do documento prévio de escuta a ser enviado pela Secretaria Geral do Sínodo em Roma.
• Cada uma das Igrejas particulares envia a sua contribuição à Conferência Episcopal do respetivo território. (Artigo 7º), no caso do Brasil à CNBB. As contribuições de cada Igreja particular deverão ser encaminhadas para o seguinte e-mail: sinodo_2023@cnbb.org.br
ENTENDA AQUI O FUNCIONAMENTO DO SÍNODO
Fonte: Site CNBB NACIONAL